A arte em transformar cabaças
Heloisa Sousa
Rita Silva Santos é moradora do assentamento Padre Nilo, no município de Amorinópolis. Ela trabalha há seis anos com cabaças, desde o cultivo até os trabalhos artesanais. “Nós plantamos, colhemos e trazemos para o mercado, para a divulgação, agregando valor ao nosso trabalho”, conta ela.
O fruto da planta conhecida como porongo ou cabaceira é muito utilizado, desde a antiguidade, como recipiente para guardar alimentos e sementes, para o transporte de água e também para a alimentação, como é o caso da cabaça marimba. Mas Rita encontrou na planta um meio de viver da arte, fabricando peças decorativas, luminárias e a já bastante conhecida nega mijona.
Saber quilombola - “Todos o dias eu busco mais conhecimento, sobre como limpar e sobre como manter a cabaça”, a internet e o conhecimento de seus familiares quilombolas são grandes aliados na produção de Rita. Seu acesso à variedade de sementes também acontece pela internet, ou por meio da troca com outros cultivadores e em feiras, como foi o caso das sementes africanas e crioulas que ela adquiriu na Agro Centro-Oeste.